Uma das grande vantagens de ter a oportunidade de treinar profissionais de altíssimo nível no GGSC (Gallup Global Strengths Coaching) é que sempre aprendo com meus “alunos”.
Ontem, conversando com uma dessas pessoas acima da média, a Fabíola Muniz, ela me disser algo que me tocou e que eu preciso compartilhar aqui: Deveríamos ser menos “ou” e mais “e”.
Antes de explicar exatamente o que significa isso quero contar um outro acontecimento que acredito que seja importante para o entendimento desse assunto.
No final da última turma do GGSC, a turma 15, uma das participantes disse que, uma das coisas que ela levaria do treinamento foi uma frase que eu costumo dizer muito e que só entendi profundamente quando conheci a abordagem de pontos fortes da Gallup: “Você não TEM QUE nada!”.
Veja só que responsabilidade. Entre tanta coisa legal que ela aprendeu em duas semanas inteiras de treinamento, ela foi marcada por uma frase minha.
O que diminui essa responsabilidade é que eu realmente acredito nessa frase. Isso torna tudo mais fácil para mim.
Vivemos em um mundo em que algumas “verdades” são propagadas como escritas em pedra e sem as quais você não pode viver (ou, pelo menos, não pode ter sucesso).
Uma dessas “verdades” apontadas por uma coachee minha, é a de que você não terá sucesso “se não tiver um propósito não vai ter sucesso”. Para piorar, essa frase foi dita para minha coachee por uma pessoa que tinha uma grande influência sobre ela. Imagine o peso disso sobre uma menina que não consegue definir um propósito claro.
Portanto, tenha cuidado! O mundo está cheio de pessoas dizendo um monte de coisas que você TEM QUE para ter sucesso, mas como dizemos no GGSC: “pessoas diferentes alcançam a excelência de maneiras diferentes”. Logo você pode ter sucesso sem ter um propósito definido e pode fracassar com um propósito super claro. E vice-versa. Por isso gosto de dizer que “você não TEM QUE nada”.
Isso nos leva ao título desse artigo e a excelente ideia da Fabíola que é: por que temos que ser sempre ou? Ou sou de direita ou de esquerda. Ou masculino ou feminino. Ou crente ou ateu. Ou lógico ou criativo. E por ai vai.
Por que não podemos ser mais e? Direita E esquerda? Masculino E feminino? Crente E ateu? Lógico E criativo? E assim por diante?
Vale uma reflexão sobre isso não é mesmo?
Então comente ai o que você acha. Que esse texto seja só uma provocação que leve a conversas maravilhosas E silêncios reflexívos.
Abraços.
Rodrigo Ferreira